O Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, iniciou no último mês de agosto o processo para conseguir a Acreditação Hospitalar, método de avaliação e certificação, que busca promover e garantir a qualidade e a segurança da assistência no setor de saúde. Este mês, o trabalho continua na unidade hospitalar, com o objetivo almejado, que é a certificação chancelada pela ONA – Organização Nacional de Acreditação.
A etapa desenvolvida agora em setembro, segue com treinamentos de gestores para apresentação do manual da ONA, também com o mapeamento de processos, in loco, nos setores do hospital para auditoria diagnóstica dos procedimentos e das rotinas utilizadas.
Essas atividades são fundamentais para a implantação de todos os requisitos preconizados pelas normas de certificação.
De acordo com a consultora Adriana de Carvalho Dias, da CGQ – Consultoria e Gestão da Qualidade, a equipe do HRCC está bastante motivada para que esse processo de Acreditação aconteça.
“Quando eu chego nas áreas para fazer essas auditorias diagnósticas, no primeiro momento de conversa, de conhecer as áreas, sou recebida assim com muito carinho. Os profissionais estão empenhados nesse objetivo e são colaborativos. A gente sabe que tem um trabalho muito grande pela frente e só estamos iniciando, mas percebo que as pessoas querem, de verdade, que esse hospital seja acreditado”, disse.
Adriana Dias destacou pontos positivos da unidade hospitalar. “O Hospital Costa do Cacau, tem uma infraestrutura adequada, atende a RDC 50 (Regulamento Técnico referente a projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde) isso já é algo que nos tranquiliza bastante num processo. Observamos boas práticas, como as comissões, que são obrigatórias, elas já iniciaram, já são formadas. Claro que a gente precisa trabalhar alguns requisitos. Também conseguimos perceber a questão da identificação paciente, a identificação a beira leito que também é uma outra prática importante”, destacou.
A consultora sinalizou que os requisitos a serem implantados no hospital vão aprimorar as boas práticas existentes. “A gente já percebe, por exemplo, algumas áreas que já trabalham com alguns indicadores, isso também é um ponto positivo. As rotinas já estão descritas através de POP (Procedimento Operacional Padrão). Ao longo desse processo de implantação vamos aprimorar algumas práticas, mas percebemos também rotinas de escritas e alguns indicadores nas áreas”, enfatizou.
Adriana Dias destacou a importância do trabalho em equipe para dar maior praticidade aos processos aplicados.
“No treinamento da última terça-feira (15) falei exatamente sobre a questão de não achar que o Procedimento Operacional Padrão deva ser descrito pelo gestor, e sim por toda a equipe. O POP nada mais é do que uma rotina, atividade que a equipe desempenha. Então é necessário que na hora que forem descrever essas rotinas, todas as pessoas envolvidas no processo, realmente devem elaborar esses documentos. Isso é importante, porque a partir do momento que a gente insere toda equipe na construção das ferramentas da Qualidade, nós realmente vamos ter uma acreditação que vai acontecer de forma mais sólida”, concluiu.