Na última sexta-feira (04), a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, realizou a segunda captação de múltiplos órgãos de 2023. O procedimento contou com equipe multidisciplinar de profissionais da unidade e da Coordenação do Sistema Estadual de Transplantes da Bahia (COSET – BA).
A enfermeira Naama Ramos e Silva, integrante do CIHDOTT do HRCC, destacou o trabalho realizado para que a captação reunisse condições adequadas na manutenção do doador.
“Um trabalho importante, como sempre, de toda nossa equipe. Ressalto o apoio e a dedicação que recebemos do médico intensivista Allan Siqueira, que desde a abertura do protocolo de Morte Encefálica (ME) até a sua confirmação, onde foram realizados exames criteriosos e um trabalho fundamental de acompanhamento e esclarecimento junto a família do doador”, disse.
O médico Allan Siqueira, intensivista do HRCC, explica que o protocolo de ME passa por várias etapas, amparado pela resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM). “A resolução mais atual é a 2.173 de 23 de novembro 2017, que rege quais são as etapas e quais os preceitos para o diagnóstico da morte cerebral”, informou.
O especialista ainda ressaltou que deve ser respeitada a vontade dos familiares, caso optem pela doação. “Diante disso, é mantida a viabilidade dos órgãos e com medidas para a manutenção do potencial doador”, relatou.
Naama Ramos e Silva, enfermeira da CIHDOTT, enfatiza que o sucesso de cada doação de órgãos é resultado de uma complexa rede de colaboração e cooperação, envolvendo diversos profissionais, como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, equipe técnica de enfermagem, condutores.
“Também é importante destacar a essencial participação da família doadora. A generosidade dessa família foi verdadeiramente inspiradora, nos lembrando da importância de solidariedade e compaixão. O sim desta família, mesmo no momento de dor, teve a sensibilidade com os outros pacientes que estão aguardando um órgão na fila de transplante. Esse ‘sim’ vai ajudar a salvar outras vidas. É uma atitude muito nobre que sempre fazemos questão de agradecer”, concluiu.