Após a criação de comitê multiprofissional para definir ações na prevenção da doença causada pelo Monkeypox vírus, conhecida como “varíola do macaco” ou “varíola símia”, no Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, coordenadores de setores da unidade foram orientados com o objetivo de evitar a propagação dessa infecção em ambiente hospitalar.
A atividade aconteceu no último dia de 7 junho, momento em que ocorriam investigações sobre a suspeita da chegada da varíola do macaco no Brasil, sendo confirmado o primeiro caso no país, dois dias depois (09), pelas secretarias Estadual e Municipal de São Paulo. Um homem de 41 anos, residente na capital paulista, com histórico de viagem para Portugal e Espanha ficou internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e foi diagnosticado com a doença, tendo alta após 14 dias.
Na última segunda-feira (20), o Ministério da Saúde notificou o oitavo caso da varíola do macaco, dessa vez, na cidade de Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro. O infectado não viajou para o exterior, mas teve contato com estrangeiros, segundo reportagem da Agência Brasil.
Para a enfermeira Ana Paula Lavigne, integrante da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HRCC, torna-se necessária adotar medidas para evitar a propagação do Monkeypox vírus na comunidade e principalmente no ambiente hospitalar. “Antevendo um aumento de casos da doença, nós criamos o comitê de prevenção da varíola do macaco, treinamos coordenadores no início deste mês e estamos alinhando outras ações para assegurar a segurança de pacientes e colegas profissionais da saúde”, afirmou.
Ana Paula Lavigne destacou que as orientações repassadas para funcionários do hospital estão embasadas da nota técnica 03/2022 da Anvisa que descreve sobre prevenção e controle da Monkeypox nos serviços de saúde. “Nosso comitê formado pela CCIH, Núcleo Hospitalar Epidemiologia (NHE), Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e diretorias Técnica e Operacional, está empenhado no objetivo de instituir, orientar, monitorar e garantir o funcionamento das ações de prevenção a propagação do Monkeypox contidas no plano de contingência para identificar casos suspeitos e precocemente prevenir a propagação da doença no hospital”, concluiu.