A vida pode continuar em um ato de solidariedade. A doação de órgãos permite que outro ciclo comece apesar do término de um. Para a equipe do Hospital Alayde Costa, Subúrbio de Salvador, o assunto é levado a sério, respeitando, o momento de dor dos familiares que perderam um ente querido.
Ontem (quarta-feira), a equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) da unidade identificou uma paciente, J.S.H, 28 anos, com morte encefálica. Com essa confirmação, a equipe entrou em contato com a família para saber se seria autorizada a doação de órgãos.
Vanessa Ribeiro, gerente de enfermagem do HAC, explica que a abordagem aos familiares de pessoas com morte encefálica é muito delicada e segue um protocolo bastante rígido. De acordo com ela, os profissionais que atuam na da CIHDOTT estão capacitados para respeitar a perda e sanar todas as dúvidas em relação à doação de órgãos.
“É um momento de luto da família e respeitamos. Nós, como profissionais de saúde, temos que mostrar a essas famílias que tem essa forma de ajudar outras pessoas, através da doação, então conversamos e esclarecemos todas as dúvidas”, disse.
Com a autorização da família, a equipe do Hospital Alayde Costa entrou em contato com a Central Estadual de Transplantes do Estado para as providências necessárias em relação à captação dos órgãos, tendo em vista que no HAC o procedimento não é realizado.
O enfermeiro da CIHDOTT Antônio Balthazar Conteiras acompanhou o processo da captação de órgãos e informou que foram captados rins e fígado. Ele reforça a importância da doação de órgãos. “A doação de órgãos é um ato nobre que pode salvar vidas. Muitas vezes, o transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação. É preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão e que informe à família que é doador”, finalizou.