A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu alerta sobre a doença causada pelo Monkeypox vírus, conhecida como “varíola do macaco” ou “varíola símia”, com casos já confirmados em países não endêmicos da Europa e América Norte. No Brasil, secretarias estaduais de saúde investigam casos suspeitos da enfermidade.
Diante dessas informações e do crescente risco de aparecimento de casos da varíola do macaco em nosso país, o Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, sob orientação da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), criou na semana passada, um comitê multiprofissional para elaboração do plano de contingência para definir ações na prevenção do Monkeypox vírus, com o objetivo de evitar a possível propagação da doença no ambiente hospitalar.
Essa estratégia está fundamentada pela Nota Técnica ANVISA Nº03/2022 divulgada em 31/05/2022, assegura a enfermeira Ana Paula Lavigne. “Nosso comitê é composto pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Núcleo Hospitalar Epidemiologia (NHE), Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e diretorias Técnica e Operacional, com a finalidade de instituir, orientar, monitorar e garantir o funcionamento das ações de prevenção a propagação do Monkeypox contidas no plano de contingência”, afirmou.
A enfermeira explicou que a varíola do macaco é uma zoonose viral, vírus transmitido aos seres humanos a partir de animais, com sintomas semelhantes aos observados no passado em pacientes com varíola, porém com uma menor gravidade endêmica nos países da África Ocidental e Central.
“Os sintomas da doença são relativamente leves em muitos casos com aparecimento de bolha ou ferimento na pele, o que conhecemos como erupção cutânea localizada e linfadenopatia, doença que afeta os nódulos linfáticos, provocando inchaços”, disse.
Ana Paula Lavigne alerta que muitas pessoas podem não procurar os serviços de saúde pelos sintomas da enfermidade. “É necessária a procura pelo atendimento médico e ficar atento, pois essa doença é transmitida principalmente por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosa de animais infectados”, esclarece.
“A transmissão secundária, ou seja, de pessoa a pessoa, pode ocorrer por contato próximo com secreções respiratórias infectadas, lesões de pele de uma pessoa infectada ou com objetos e superfícies contaminados. Deve-se evitar contato e manter a higienização adequada”, orienta a enfermeira.